Nós vivemos em constante mutação, e as formas de trabalhar acompanham as mudanças da sociedade como um todo e suas necessidades, principalmente após o início da pandemia de Covid-19. Uma das novidades que tomaram força após esse período é o trabalho intermitente.
O trabalho intermitente é aquele que, em seu contrato, não prevê nenhum tipo de periodicidade fixada, ou seja, não é prestado de forma contínua. O conceito também é conhecido pela expressão “trabalho esporádico”, já que permite que o colaborador seja contratado sem uma jornada de trabalho estipulada previamente.
Quer entender melhor sobre esse modelo de trabalho e como funciona na prática? Confira o texto abaixo!
Vantagens e desvantagens do trabalho intermitente
O trabalho intermitente conta com um formato diferenciado e pode gerar muitas dúvidas tanto para a parte contratante quanto para a parte contratada. Veja algumas vantagens e desvantagens para entender melhor seu funcionamento:
Vantagens
- está previsto na legislação e o colaborador tem seus direitos garantidos pela CLT (férias, 13° salário, férias, etc);
- permite que as empresas contem com colaboradores de diversas especialidades para situações específicas;
- liberdade para o colaborador trabalhar em diferentes empresas.
Desvantagens
- dificuldade em adequar à cultura da empresa e ter o sentimento de pertencimento;
- o tempo de disponibilidade, já que pela legislação a empresa deve acionar o profissional com ao menos três dias de antecedência;
- tempo de resposta frente ao ponto elencado acima, já que o colaborador deve retornar para a empresa com ao menos um dia útil de antecedência e, se não houver retorno, deve ser considerada uma resposta negativa ao serviço;
- não há direito ao seguro-desemprego.
Os desafios do RH
Existem duas esferas diferentes quando o assunto são as dificuldades do RH com o modelo de trabalho intermitente.
A primeira delas diz respeito à inclusão daquele profissional na cultura da empresa. Muita da cultura de uma empresa deve ser vivida no dia a dia, nas pequenas situações e interações com o outro.
Porém, como o trabalho intermitente conta com pouca previsibilidade e pode ser que o colaborador frequente a organização em momentos muito espaçados, pode demorar muito mais para se enxergar inserido nessa cultura. Essa dificuldade em se sentir pertencente a algo pode impactar diretamente na motivação e produtividade.
Além disso, outro grande desafio é a fidelização daquele colaborador e, consequentemente, no controle da taxa de turnover da empresa. Apesar de existir vínculo empregatício, o período de inatividade do colaborador gera preocupações, já que ele não recebe pelos dias em que não trabalha, o que pode levá-lo a buscar outras oportunidades.
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